Critica| Não Solte!

 

"Sabe aquele filme que tem boas ideias, mas acaba se perdendo em 

sua própria linha de raciocínio? Então..."

                                      Imagem: Paris Filmes- Não Solte.

Fomos prestigir o lançamento da semana, estrelado pela maravilhosa Halle Berry.

O longa consegue criar uma atmosfera de tensão psicológica e emocional, enquanto explora os instintos mais profundos de sobrevivência. É uma das maiores qualidades que o diretor Alexandre Aja traz para Não Solte. Neste thriller de arrepiar, June (Halle Berry) vive isolada com seus filhos, Nolan (Percy Daggs IV) e Samuel (Anthony B. Jenkins), em uma casa remota cercada por uma floresta misteriosa. Ali, qualquer passo em falso pode ser fatal, e a tensão cresce conforme June e seus filhos seguem uma regra rigorosa, que é nunca soltar a corda que os mantém ligados a sua casa.

Halle Berry entrega uma atuação visceral,  mostrando a luta e o desespero de June para proteger seus filhos. A complexidade da personagem é palpável e cada olhar ou gesto revela o amor incondicional de uma mãe marcada por traumas e dores passadas. Os filhos são retratados como, Nolan sendo o mais curioso e questionador, desafiando constantemente as regras impostas pela mãe, enquanto Samuel, obediente e mais apegado à figura materna, sempre tentando se manter seguro ao lado dela.
Aja explora a floresta ao redor da casa como um dos personagem mais importantes da trama, cuja presença sombria e sufocante reforça a sensação de perigo constante. Com uma cinematografia que acentua cada detalhe e uma trilha sonora densa, a atmosfera de isolamento fica ainda mais inquietante. A direção de Aja aproveita ao máximo o cenário para construir o suspense, e cada som ou sombra na floresta sugere a iminência de uma ameaça, trazendo o espectador para o coração do terror.

                                    Imagem: Paris Filmes- Não Solte.


A narrativa de "Não Solte", equilibra bem o sobrenatural e o drama familiar, mas deixa espaço para reflexões sobre as crenças e as escolhas de cada um. Aja não entrega explicações fáceis, o que faz com que o público questione constantemente o que é real e o que é fruto da imaginação daquela mãe desesperada, pois somente ela acaba enchergando os tais elementos sobrenaturais.Este ponto ao meu ver, é um dos mais importantes, pois a narrativa não deixa muito claro ao espectador, se é algo apenas da cabeça da nossa protagonista, ja que os meninos acabam não vendo nada.
Esse mistério mantém a história intrigante, mesmo que em alguns momentos quebrem um pouco o ritmo.

                                                 Imagem: Paris Filmes- Não Solte.

A relação entre Berry e os jovens atores é fundamental para a trama. A performance de Percy Daggs IV, no papel de Nolan, é particularmente impressionante, trazendo autenticidade e profundidade ao personagem. Samuel, interpretado por Anthony B. Jenkins, convence ao expressar a vulnerabilidade e o apego ao único porto seguro que é sua mãe. A dinâmica entre os três personagens reforça o tom emocional do filme, além de dar peso às decisões e sacrifícios de June.
Não Solte é uma experiência envolvente, e por vezes, angustiante, que provoca reflexões sobre os limites entre o que é real ou sobrenatural. Este é um filme que certamente deixará marcas no público, seja pela intensidade de suas cenas ou pela profundidade emocional de seus personagens.
O longa entra em cartaz nos cinemas Brasileiros no dia 31 de outubro ( Halloween). E se você gosta de filmes que misturam, suspense, terror e tramas elaboradas este filme pode lhe agradar e muito.











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