Crítica| Superman

 "James Gunn devolve alma de quadrinhos ao Superman." 

                                   Imagens/Warner bros 

Fomos conferir uma das mais aguardadas estreias do ano, para os fãs do universo Geek. Então chegamos aqui em uma longa jornada de erros e acertos pela DC comics nos cinemas, digamos que muito mais erros que acertos, para ser mais sincero! 

Mas chegamos aqui com James Gunn sendo o novo mentor por trás das obras que envolvem este universo. Depois de seu sucesso na Marvel, com os filmes dos Guardiões da Galáxia e também seus acertos com Esquadrão Suicida e a série do Pacificador, ja atuando pela DC, ele ganha espaço para que possa repensar o Universo DC do Zero com total liberdade. Então chegamos até aqui ao novo longa repaginado de Superman. O Diretor Gunn entrega um Superman clássico, mas atualizado, um herói com a cara dos quadrinhos que tem tudo aquilo que esperamos do personagem: esperança, integridade e humanidade.

A escolha do ator David Corenswet para o papel, prova-se acertada desde sua primeira aparição em tela. Fica claro como David não está apenas interpretando o Homem de Aço, mas também se divertindo enquanto vive o seu personagem, dando vida da melhor forma a ele. Seu Clark Kent é desajeitado e doce, enquanto seu Superman é inspirador e confiante. 

A atriz Rachel Brosnahan, entrega uma ótima  Lois Lane, admito que quando ela foi definida para o papel, fiquei com medo de ser um alívio cômico, assim como ela se destacou em sua carreira pela série (Maravilhosa Sra Maisel). Mas sim, fui surpreendido positivamente, pois a atriz soube equilibrar o espírito investigativo da jornalista do Planeta Diário e a química legal entre o casal.  Se já não havia ficado claro nos trailers e bastidores, o filme transborda bons momentos da dupla.

                                       Imagens/Warner bros 

E oque devemos falar sobre o vilão de Nicholas Hoult que surpreende muito como Lex Luthor. Diferente dos vilões das últimas décadas, seu Luthor não tenta justificar suas ações com traumas, nem busca redenção. Ele é narcisista, egocêntrico, cruel. E isso é ótimo, faz com que acerte na mosca com seu personagem, como sempre foi abordado nos quadrinhos. Chega de vilões complexos que mais parecem anti-heróis em cima do muro. Lex Luthor odeia o Superman e ponto. Ele sabe que jamais será melhor do que ele e essa inveja move cada um de seus atos. É um retorno bem-vindo ao vilão clássico das HQs, sem medo de ser simplesmente mal e ponto final. Seu vilão não só tenta atacar fisicamente seu algós com monstros colossais de outras dimensões e soldados geneticamente modificados, Luthor atinge o Superman em todos lugares que dói mais, minando sua credibilidade e espalhando desinformação, alimentando a desconfiança do público sobre o extraterrestre mais famoso.
                                     Imagens/Warner bros 
                                      
O filme apresenta vários conceitos bem atuais sobre manipulação digital e como as massas, muitas vezes, formam opiniões com base em narrativas falsas. Mesmo com a presença de outros heróis, Superman nunca perde o foco de sua narrativa principal. Os personagens secundários são bem aproveitados, mas não roubam a cena, apenas enriquecem a trama. O Senhor Incrível de Edi Gathegi é um dos grandes acertos. Sua inteligência e o bom humor quase involuntário o tornam um alívio cômico sem exageros. Ele não é um personagem engraçado, mas tudo ao seu redor o transforma em uma figura carismática e divertida. Já a Mulher-Gavião de Isabela Merced, talvez seja o elo mais fraco do trio de novos heróis. Sua presença é forte, mas o tempo de tela limitado a impede de brilhar plenamente. Ainda assim, protagoniza momentos marcantes em meio às batalhas.

O mesmo acontece com o Metamorfo. O personagem de Anthony Carrigan é estranhamente magnético, pouco tempo em cena já é suficiente para nos convencer de que Rex Mason está destinado a grandes momentos no novo Universo DC. E considerando o histórico de James Gunn com personagens esquisitos, não seria equivocado esperar muito mais destaque para o personagem no futuro. O Lanterna Verde, vivido por Nathan Fillion, é puro entretenimento, arrogante, impulsivo e com mania de grandeza. Tudo aquilo que se espera de Guy Gardner. Mas mesmo com toda a pose, ele mostra que no fundo é capaz de colocar o bem maior acima do próprio ego.                

       

                                       Imagens/Warner bros 

E claro como não citar o que para mim é o personagem que mesmo sem falar rouba a cena em todas suas aparições, Krypto, o supercão, que como todo cachorro é ao mesmo tempo um amor e uma dor de cabeça. Krypto não serve apenas como alívio cômico, ele mostra que o Superman não valoriza só a humanidade, mas toda a forma de vida. Ele cuida do companheiro como cuida das pessoas. E Krypto, como melhor amigo do homem, retribui isso como pode, às vezes ajudando quando Clark está em apuros, às vezes destruindo a base do herói simplesmente porque queria brincar. É um lembrete carinhoso de que o Superman não é apenas força bruta, mas também afeto. 

                                   Imagens/Warner bros 

O longa no geral é divertido e tem tudo que sempre fez das historias do Superman divertidas, o diretor James Gunn devolve ao Superman o colorido de seu personagem. Não só a cueca por cima da roupa, mas aquele leve toque que faz com que nos lembre que este personagem nasceu de histórias quase infantis. Este novo Superman surpreende e trás o colorido de volta às telonas no universo da DC e digo mais pode dar certo, basta manter seu coração aberto para novas páginas que estão por vir. O Longa entra em cartaz nas telonas nacionais no dia 10 de Julho. 

Agora basta garantir seu ingresso e ir ver esse novo início de uma era!!!








                                  

                  





                               

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