Crítica | ‘Lilo & Stitch’
"Até que enfim, Disney acerta em transformar animação famosa em Live-action."
Imagens/ Walt DisneyFomos conferir mais uma das adaptações de animação clássica da Disney em Live-action. Depois do fracasso de bilheteria e crítica de Branca de Neve e os Sete Anões, a Disney tinha mais que obrigação de acertar, ou melhor, fazer funcionar esta nova adaptação.
Já faz alguns anos que estamos acompanhando a famosa Disney e agora seus executivos tem apostado em trazer de volta seus clássicos de animação com uma roupagem diferente, mais realista, se assim podemos dizer. E até mesmo para tentar pegar uma geração mais nova que não cresceu vendo as clássicas animações. Entre altos e baixos, a Disney conseguiu acertar em releituras bem aceitas pela crítica e público, como, por exemplo, ‘Cinderela’, ‘Mogli – O Menino Lobo’ e ‘A Bela e a Fera’, mesmo tendo escorregado com longas como ‘Pinóquio’ e ‘O Rei Leão’. E, depois do polêmico ‘Branca de Neve’, que se tornou um fracasso de público e dividiu a crítica internacional. Então era necessário que uma reformulação fosse feita.
Imagens/ Walt DisneyQual foi nossa surpresa quando ‘Lilo & Stitch’, remake do clássico de 2002, foi anunciado como um dos novos projetos live-action do estúdio, reunindo um time muito competente e mantendo-se fiel à história original. A nova versão dessa comovente história funciona em quase todos os aspectos e se transforma em uma das melhores investidas da gigante nos últimos anos.
Para aqueles não familiarizados com a animação de 2002, o longa procura contar a mesma história e dilemas da sua versão original, o enredo é centrado em Stitch (cuja voz é representada pelo seu próprio criador Chris Sanders), um alienígena azul criado por um cientista maluco e que, a princípio, deveria funcionar como a arma mais perigosa e mortal do universo. Porém Stitch, que também conhecido como Experimento 626, é condenado ao exílio pela Grande Conselheira (Hannah Waddingham), líder da União Federativa da Galáxia, por não ter nenhum traço de compaixão ou bondade. Conseguindo escapar, o alienígena entra em uma cápsula de fuga e vai parar no Havaí, escondendo-se do Dr. Jumba Jookiba (Zach Galifianakis), responsável por criá-lo, e do Agente Pleakley (Billy Magnussen), que conhece a cultura e os costumes humanos e responde aos pedidos da Grande Conselheira.
Passando-se por um cachorro, Stitch é adotado pela sonhadora e solitária Lilo (Maia Kealoha que inclusive é ótima), que nunca se sentiu parte de um grupo de amigos e que mora apenas com a irmã, Nani (Sydney Elizebeth Agudong), após a morte prematura dos pais. E, enquanto Lilo se envolve em vários problemas, talvez como forma de lidar com a solidão constante ou com uma saudade que ainda não se curou, ela se vê completa na presença daquele estranho animal que parece movido ao caos, neste ponto notei algumas diferenças do original, na animação original ele era bem mais pestinha o tempo todo, notei que com a modernização deram uma suavidade ao personagem, mas que mostra ter o lugar no coração certo quando o assunto se volta para sua Ohana (família, como foi eternizado pela animação original).
Imagens/ Walt Disney
A direção de Dean Fleischer Camp, faz um ótimo trabalho em homenagear seu antecessor, porém sem deixar de lado uma identidade que vai ganhando forma minuto a minuto. Camp sabe como trabalhar o material pelo qual fica responsável. O longa é contado em 110 minutos, o roteiro assinado por Chris Kekaniokalani Bright e Mike Van Waes não apenas cumpre com o prometido, como aprofunda certos pontos que ultrapassam as nossas expectativas em alguns momentos, inclusive, ultrapassando a qualidade da animação. O núcleo sci-fi do qual Stitch provém, parte de premissas básicas do gênero e convergem para os dramas enfrentados por Lilo em sua realidade quase imutável, que parece se transformar por completo quando faz um pedido a uma estrela cadente (sem saber que o asteroide, na verdade, era a nave de Stitch em rota de colisão com a Terra). Dessa maneira, o choque de dois universos totalmente diferentes ganha cor e vibra em um espetáculo muito bem pensado para o espectador e tornando-se assim, simples e funcional na medida certa. O elenco todo faz um ótimo trabalho, e em nenhum momento as interações com os personagens em CGI parecem falsas ao ponto de estragar a experiência, fazendo assim com que o filme acerte em cheio.
O remake em live-action de ‘Lilo & Stitch’ é um super acerto em meio algumas escorregadas pelo caminho do estúdio.
O longa entra em cartaz nos cinemas nacionais no dia 22 de maio!
Agora basta garantir o ingresso e levar a criançada para se divertir com este alienígena bem diferente!
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