Crítica | O Brutalista

 "Um dos mais aguardados filmes da indicação do Oscar chegará aos cinemas, trazendo seu favorito para melhor ator" 

                     Imagens/ Brookestret Pictures, Kaplan Morrison e A24
Fomos conferir em primeira mão, está nova obra da sétima arte. É difícil conter nossas expectativas ao redor deste longa que traz o ator Adrien Brody, conhecido por longa com a mesma temática envolvendo os judeus e o Holocausto, (O Pianista). O Brutalista, novo filme dirigido por Brady Corbet  com suas 3h36min de duração, se mostra um épico histórico que narra a trajetória de László Tóth (Brody), um aclamado arquiteto húngaro, judeu, que se vê obrigado a migrar para os Estados Unidos durante o pós, 2ª Guerra Mundial, em 1947. 
Em seu primeiro contato com o céu  de Nova York, já vemos em sua primeira tomada de ponta cabeça da Estátua da Liberdade. Enxergando o monumento pela ótica desse talentoso arquiteto, mostrando que o longa terá sua visão única em foque. 
Mas claro, chegando numa terra onde não é bem recebido, levando o ao caminho da miséria, da falta de trabalhos, das moradias coletivas e dos vícios. Ele acaba se envolvendo em um  projeto da pequena loja de móveis de seu primo, uma biblioteca, com sua genialidade neste projeto ele acaba sendo descoberto pelo magnata Harrison Lee Van Buren (Guy Pearce), que o contrata para idealizar um empreendimento ousado, uma espécie de espaço multifuncional em homenagem à sua falecida mãe, confiando nas veias artísticas e visionárias de Tóth. 
            Imagens/ Brookestret Pictures, Kaplan Morrison e A24
Mas é nesta ponto que tudo acaba virando, o arquiteto se deixa levar por seu perfeccionismo que misturado com drogas o faz insistir num projeto repleto de obstáculos que soa inacreditável, Brady Corbet tenta justificar essa insistência em um propósito maior, buscando aguçar a curiosidade sobre os motivos pelos quais Tóth submeteu-se à pessoas e situações que lhe são desfavoráveis, como, por exemplo, abrir mão de seu pagamento em prol da não modificação de seu plano original (o que é, sempre apoiado por sua esposa, uma mulher com doenças adquiridas pelo reflexo da Guerra com deficiência  necessitando de medicamentos específicos e cuidados constantes, interpretada muito bem pela atriz Felicity Jones). 
O filme é grande por suas dimensões e por exigência do próprio gênero, sabendo impactar quando aposta nessa grandiosidade e quando se apega menos aos personagens e tramas que vão se acumulando. O longa mesmo com suas mais de 3 horas de duração não chega a ser cansativo, o fato de precisar de intervalo, vende uma ideia de mostrar-se mais como um recurso para a venda de um épico estrondoso que necessita de respiro, do que de fato uma necessidade da obra.
     
    Imagens/ Brookestret Pictures, Kaplan Morrison e A24
O título é derivado de um movimento e estilo arquitetônico que surgiu na Europa denominado como "Brutalismo", o mesmo era definido pelo uso de concreto bruto e exposto, que tornava aos empreendimentos uma aparência robusta e vigorosa, valorizando a expressão natural dos elementos estruturais. Visto isso aí vai uma crítica! Para um filme que se apega a um movimento arquitetônico que da (nome) ao longa, acabamos vislumbrando tão pouco dessa visão impar da arquitetura. Aqui vai mais uma crítica, o fato de o filme ter tanto tempo, e perder muitos minutos em planos abertos que não trazem nada da sua real intensão a arquitetura frustra um pouco até o seu fim.
 Bem, mas nem tudo são problemas o longa tem seus acertos e acabam superando seus defeitos no geral, deixando claro suas 10 indicações ao grande prêmio do Oscar 2025.
 O filme entra em circuito nos cinemas nacionais no dia 20 de fevereiro. 
 Vale a pena conferir esta história de um indivíduo com visão impar de arquitetura anos a frente ao seu tempo. 





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