Crítica | A Verdadeira dor
"Kieran Culkin e Jesse Eisenberg nos mostram uma jornada sensível sobre as perdas."
Imagens/Extreme EmotionsE é nessa narrativa bem escrita de oscilações entre turismo e questões familiares profundas, que temos ótimas atuações individuais. E é assim que, Culkin rouba a cena com um espetáculo à parte, um homem que insiste em não amadurecer, mas que ainda assim detém em si o poder de hipnotizar a todos com sua presença única. E o que faz do personagem algo tão diferente é o seu brilho externo, sua facilidade de se conectar com o restante do grupo que os acompanha na excursão, porém o ator também entrega que por dentro seu personagem sofre e muito com seu luto.
Em 'A Verdadeira Dor‘ somos convidados a aprender a rir dos contratempos da vida adulta. Das tristes perdas que sofremos ao longo da jornada e das sequelas que elas nos deixam, além dos momentos desconfortáveis que se transformam em pequenos respiros cômicos em um dia emocionalmente difícil.
Imagens/Extreme Emotions
É preciso equilíbrio emocional e generosidade de espírito para que um cineasta explore uma história dolorosa como a do Holocausto, em simultâneo fornece caminhos de acesso sutis para que públicos de origens totalmente distintas se encontrem no meio da jornada. Ao reconhecer a universalidade de seus temas principais, Eisenberg faz isso com maturidade comovente. Enquanto diretor, ele não cede ao uso do espetáculo visual para retratar a emoção de uma visita ao campo de concentração, mantendo o foco na expressão do elenco, onde a ausência de trilha sonora fazem destas sequências as mais sensíveis de todo o longa. Com 'A Verdadeira Dor', Jesse Eisenberg demonstra grande habilidade em equilibrar humor com delicadeza necessária em um filme cheio de sentimento, no qual nenhuma emoção é indébita. Mas é Kieran Culkin a estrela que mais brilha, que coloca luz nas questões mais profundas do filme com uma atuação digna de Oscar. No fim, o longa é uma amostra de que seus atores estão prontos para buscar um lugar no hall dos maiores nomes de Hollywood. O longa entra em cartaz nos cinemas nacionais no dia 30 de janeiro. Recomendo, é um filme que vai te fazer rir e chorar e refletir muito!
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